terça-feira, 29 de abril de 2008

Biblioteca de Coloane

Biblioteca Pública. Coloane, Abril de 2008


De estilo neoclássico, o edifício foi construído em 1911 e nele esteve instalada uma escola primária, sendo convertido, em 1983, em biblioteca pública.

Rede do Património Cultural de Macau: Biblioteca Pública de Coloane

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Árvore do Sabonete

Árvore do Sabonete ou Morocô, no Jardim de S. Francisco. Macau, 2008

Comummente conhecida por Árvore do Sabonete (Chinese Soapberry), a Sapindus mukorossi Gaertn, da família das Sapindacease, é originária do sul da China, sendo o seu fruto, que contém saponina, utilizado para o fabrico de sabões.

Sapindus na Wikipedia

Mariscos secos

«Companhia de Mariscos Secos San Chong Bon», na Rua dos Mercadores. Macau, 2008

sábado, 26 de abril de 2008

Peixe Dourado e Tropical

«T'OU T'OU SÔI CHÔK Peixe Dourado e Tropical», na Rua Central em Macau.

Pátio do Banco

abre o vermelho
o amarelo do rosto
risca o verde
o interior devoto

ao fundo
a porta
que zela
por este cantinho das décadas

(...)

João Rui Azeredo. Pátio das Palavras. Edições Mar-Oceano. Macau, 1995
Altar no Pátio do Banco. Macau, 2007

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Martinete Chorão

Jardim de Lou Lim Ieoc. Macau, Abril de 2008

Originário da Austrália, o Martinete Chorão (Callistemon viminalis, da família Myrtaceae) é uma árvore de pequeno porte de ramos flexíveis e pendentes. Floresce em Março, sendo as flores de cor vermelha e dispostas em espiga.

Callistemon viminalis, na Wikipédia

terça-feira, 22 de abril de 2008

«Os Bons Fantasmas»

Mais uma história de fantasmas e casas assombradas. A ler: «Os Bons Fantasmas», de Henrique de Senna Fernandes*

Passa-se no ano de 1942, «ano de pesadelo», com a guerra do Pacífico a flagelar toda esta zona e Hong Kong ocupada pelos japoneses desde o dia de Natal de 1941. A família, que «atravessava sérios apuros financeiros», fora obrigada, por essa e outras circunstâncias, a procurar nova casa. Foi na Rua de Sacadura Cabral, «ao tempo uma rua airosa e soalheira» e já na berma da «cidade chinesa», que encontraram um andar amplo, de renda baratíssima para a época. Já depois de instalados, vêm a saber a razão da generosidade do senhorio: «Dizem que a casa é assombrada. Principalmente o rés-do-chão. Acontecem lá coisas estranhas, ninguém se demora ali muito tempo». Nesse rés-do-chão a sina repetia-se e as famílias que nele habitavam mudavam-se sempre após cenas violentas de choro, gritos e agressões. Por fim, acabou por ficar vazio. E, embora sem inquilinos, era um vazio cheio de ruídos, de portas a ranger, de rastejar de chinelas, de passos furtivos, de choros e murmúrios. «Era o vento, eram as correntes, eram os ratos, justificávamos». Um dia, o autor aventurou-se e foi inspeccionar o rés-do-chão. Nada encontrou. Apenas silêncio, cheiro a mofo e pó acumulado.
Até que, de súbito, começaram a acontecer factos estranhos: aragens frias, choros de uma criança, vozes de homem e, por fim, o vulto de um homem chinês, trajando cabaia comprida, «uma visão algo desfocada ou enevoada». Tempos depois, novo fantasma, desta vez de uma criança do sexo feminino, que a criada via, sempre por volta da hora do jantar. Episódios como estes seguiram-se até que um dia a mãe decidiu-se, não por chamar os bonzos como pretendia a criada chinesa, mas por expôr a questão ao padre da igreja de S. Lázaro. Missas foram rezadas e a casa benzida. Mas, a criada não ficou convencida e insistiu na presença dos bonzos com as suas túnicas amarelas. Como tal prática era impensável numa casa católica, todas as cerimónias decorreram numa bonzaria.
«Coincidência ou não coincidência, a partir de então, nunca mais assinalámos os fantasmas e outras coisas singulares». Mudaram-se nos finais de 1945, e embora apaziguados os fantasmas, a casa não voltou a ser habitada, tendo sido demolida, «com o segredo dos seus fantasmas nunca esclarecido».
E termina o autor: «Acreditem ou não, isto aconteceu».


Henrique de Senna Fernandes, Mong-Há. Instituto Cultural de Macau, Colecção Rua Central, nº 14, 1998.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Avenida da Praia

Avenida da Praia. Taipa, Abril de 2008

Casas da Taipa

Taipa, Abril de 2008

As Casas-Museu da Taipa, construídas em 1921, encontram-se incluídas no espaço paisagístico constituído pela Igreja de Nossa Senhora do Carmo, pelo edifício da ex-biblioteca da Taipa, pelos jardins adjacentes, Largo do Carmo e Avenida da Praia.


A sesta

No Largo do Pagode do Bazar. Macau, Abril de 2008

domingo, 20 de abril de 2008

Enigma

O incenso desfalecia
no nicho
de uma tarde húmida.

A cinza molhada
no ocre da parede
desenhava
chamas mortas
que o vermelho dos papéis
reavivava.

Jorge Arrimar. Secretos Sinais. Colecção Poetas de Macau. Instituto Cultural de Macau, 1992

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Pinheiro Budista

Jardim Laurinda Esparteiro. Taipa, Abril de 2008

O Podocarpus macrophyllus, da família das Podocarpaceae, originário do Japão e do Centro e Sul da China, vulgarmente designado por Pinheiro Budista, floresce de Fevereiro a Março e frutifica de Abril a Maio.

Podocarpus macrophyllus, na Wikipedia

terça-feira, 1 de abril de 2008

Jardim de Lou Lim Ieoc

Jardim de Lou Lim Ieoc. Macau, 2008

Deste jardim o que levo comigo
é um ramo de bambu para servir
de espelho ao resto dos meus dias.

Eugénio de Andrade. Pequeno Caderno do Oriente. Instituto Cultural da RAEM e Instituto Português do Oriente, 2002

O Rosto

no patamar
da noite

o olhar
chorou

gotas de jade

no rosto
húmido
da cidade

Alberto Estima de Oliveira, O Rosto. Instituto Cultural de Macau, Colecção Poetas de Macau, 1990